quinta-feira, 20 de março de 2008

As PPP desaceleram...

O Governo recuou e vai abandonar a gestão hospitalar em parceria com grupos privados. Os contratos com entidades privadas mantém-se apenas para a construção. Por isso, e na mesma linha, "a partir de 1 de Janeiro de 2009, o Hospital Amadora-Sintra passará a ser um entidade pública empresarial".
Esta é uma boa notícia, mas deixa antever uma política errática. Em Janeiro, Correia de Campos admitia a manutenção do actual modelo de gestão, ao anunciar a entrega da construção e exploração do novo hospital de Sintra ao vencedor do concurso para a gestão do Fernando da Fonseca.
Fica ainda o amargo de boca com a justificação dada por Sócrates para a manutenção das PPP em Cascais, Loures, Vila Franca e Braga: havia um compromisso estabelecido...
O facto é que o processo poderia ter parado da mesma forma que começou, ou seja, através de uma escolha política. Mas se a vontade política não bastasse, há outros argumentos que poderiam ter ajudado: as razões que levaram Correia de Campos a fazer o concurso de Loures voltar ao ponto de partida ou o relatório do tribunal de Contas sobre a PPP de Cascais são disso exemplo. Mas o governo preferiu persistir no disparate, talvez com a esperança de, daqui a dez anos, não ter de recuar como aconteceu no caso do Amadora/Sintra....