quarta-feira, 16 de abril de 2008

Estudo mostra que hospitais-empresa são mais eficientes

Público, 16 de Abril de 2008

Os hospitais empresarializados (EPE) apresentam ganhos de eficiência face aos hospitais que se mantiveram no sector público administrativo (SPA), mas os efeitos desta reforma estão longe de ser expressivos. Em síntese, esta é a conclusão de um estudo sobre a reforma do sector hospitalar público feito pelo Banco de Portugal e publicado no seu último Boletim Económico.
"É mais uma peça de evidência para ir formando uma convicção. Os EPE introduziram alguma melhoria em termos de gestão, embora não muito pronunciada", comenta o especialista em economia da saúde Pedro Pita Barros, lembrando estudos anteriores que apontaram no mesmo sentido.
O Banco de Portugal quis avaliar os impactos da reforma do sector hospitalar público apenas sobre a eficiência técnica, sem considerar indicadores de qualidade ou de discriminação de acesso, analisando o desempenho relativo dos hospitais-empresa em comparação com os do SPA, antes e depois do processo de empresarialização, no período compreendido entre 2001 e 2005. A empresarialização iniciou-se no final de 2002.
Na amostra dos hospitais EPE analisados, 18 melhoraram a sua posição relativa, cinco mantiveram-na e quatro pioraram; já no grupo do sector público administrativo, foram 14 os hospitais que melhoraram, 14 os que não registaram variação e nove os que pioraram.


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