quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

lembraram-se agora...

Ministra diz que antes de fechar urgências é preciso reforçar centros de saúde
In Publico, 14.02.2008

A nova ministra da Saúde, Ana Jorge, não quis ontem falar sobre uma eventual "desaceleração" da reforma das urgências. Num rápido périplo por várias unidades de saúde do Norte, escusou-se com firmeza a falar sobre encerramentos de serviços, apesar de garantir que "a breve prazo" se pronunciará sobre a polémica matéria.
Mas deixou pistas sobre o que tenciona fazer. Sublinhou que primeiro é preciso reforçar a rede de cuidados de saúde primários - de forma a que as pessoas tenham médicos de família e consultas nos centros de saúde "quando necessitam" - e que é indispensável que "deixem de sentir insegurança por não terem os atendimentos que habitualmente tinham". É preciso ter respostas para que "as pessoas se sintam seguras e não tenham de recorrer às urgências", sintetizou, no final de uma visita a uma unidade de saúde familiar (USF) de Ponte de Lima.
Se quanto à reestruturação da rede de urgências foi parca em palavras, já a propósito da reforma dos cuidados de saúde primários não poupou declarações. Deixou claro que não vai "voltar atrás" na criação das USF e que até vai tentar superar a meta das 150 até ao final do ano (actualmente estão a funcionar 105), porque estas equipas com autonomia nos centros de saúde são um "ponto-chave" para a reforma do SNS.

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